O plasma frio é um dos recursos mais promissores da medicina estética, regenerativa e dermatológica moderna. Sua atuação ocorre por meio da indução de espécies reativas (RONS) e efeitos mecânicos seletivos, capazes de remodelar tecidos com alta segurança clínica. Plataformas como o Mjolnir Pro da Adoxy representam a fronteira tecnológica dessa abordagem — sendo o único equipamento com plasma fracionado e cold plasma aprovado pela ANVISA.
Introdução ao Plasma Frio na Medicina
O plasma frio é um gás ionizado que atua em temperatura ambiente, permitindo intervenções terapêuticas seguras em tecidos vivos. Sua aplicação médica é recente, mas já consolidada em áreas como dermatologia, cirurgia e oncologia.
O plasma é o quarto estado da matéria, caracterizado por uma nuvem de partículas carregadas — elétrons livres, íons, moléculas excitadas — geradas por descargas elétricas em gases, como o ar atmosférico. Quando essa nuvem é criada com controle térmico (plasma não térmico), ela se torna compatível com tecidos biológicos.
No contexto médico, o plasma frio atmosférico (CAP) permite bioestimulação sem carbonização, sem destruição indiscriminada de estruturas e com controle preciso da energia. O Mjolnir Pro, por exemplo, gera esse plasma a partir de uma descarga dielétrica de barreira (DBD), resultando em efeitos altamente seletivos sobre a epiderme e derme.
Suas vantagens em relação a tecnologias ablativas estão na preservação da arquitetura cutânea, segurança para todos os fototipos e versatilidade para aplicações estéticas e clínicas.
Formação e Natureza das Espécies Reativas
O principal vetor terapêutico do plasma frio são as RONS — Espécies Reativas de Oxigênio e Nitrogênio. Essas moléculas atuam como sinalizadores celulares, ativando vias regenerativas, antimicrobianas e imunológicas.
Durante a emissão de plasma pelo Mjolnir Pro, o contato do jato ionizado com o ar ambiente e a pele induz a formação de uma variedade de moléculas reativas:
- EROS (Espécies Reativas de Oxigênio): O₂⁻, OH·, H₂O₂
- ERNS (Espécies Reativas de Nitrogênio): NO, NO₂⁻, ONOO⁻
Essas substâncias agem como moduladores intracelulares, interagindo com canais iônicos, receptores de membrana e estruturas do citoesqueleto. O resultado é:
- Abertura de canais de cálcio e sódio, favorecendo reações de regeneração
- Indução de estresse oxidativo leve (hormese), que estimula mecanismos de reparo
- Ativação de fatores de crescimento endógenos, como FGF2, VEGF, TGF-β
- Modulação redox controlada, sem promover apoptose celular
A liberação controlada de RONS pelo Mjolnir Pro é calibrada para não ultrapassar o limiar de toxicidade, permitindo tratamento mesmo em peles inflamadas, sensibilizadas ou hiperpigmentadas.
Interação Celular e Tecidual
O plasma frio interage com a epiderme e derme por meio de estímulos físicos e químicos simultâneos. A aplicação gera microzonas de remodelação, com preservação tecidual adjacente, ideal para induzir regeneração cutânea sem efeitos colaterais inflamatórios extensos.
A ação do Mjolnir Pro combina energia mecânica não ablativa, descarga dielétrica controlada e a liberação precisa de RONS, resultando em três formas de interação principais:
a) Interação físico-mecânica seletiva:
A ponteira Needle-like™ do Mjolnir Pro emite o plasma a uma curta distância da pele, criando microcanais evaporativos por efeito capacitivo. Esse processo, chamado SAFECoring™, atua na epiderme e derme superficial sem carbonização, permitindo um efeito de skin resurfacing que preserva o tecido adjacente.
Diferente de tecnologias perfurantes, essa abordagem:
- Evita sangramento e inflamação exacerbada
- Reduz riscos de fibrose e hiperpigmentação
- Promove zonas de lesão térmica subclínica controladas
b) Interação bioquímica reacional:
As espécies reativas liberadas penetram os poros celulares e interagem com a matriz extracelular (MEC), promovendo:
- Reestruturação das fibras colágenas
- Aumento de mucopolissacarídeos dérmicos
- Estímulo à reorganização do citoesqueleto queratinocitário
c) Interação neuroimune e vascular:
A excitação local estimula terminações nervosas dérmicas e induz uma resposta neurovascular:
- Vasodilatação e aumento da oxigenação local
- Liberação de neuropeptídeos (como CGRP) que modulam a sensibilidade
- Ativação de células de Langerhans e macrófagos dérmicos
Esses mecanismos favorecem cicatrização, redução da dor e normalização da homeostase cutânea — essenciais em casos de rosácea, dermatite ou fotoenvelhecimento.
Modulação Imunológica e Efeitos Sistêmicos
O plasma frio não atua apenas localmente — sua aplicação também desencadeia efeitos imunológicos e metabólicos com impacto em tecidos adjacentes e até sistêmicos. A geração controlada de espécies reativas provoca uma cascata de sinalizações celulares com potencial imunomodulador, angiogênico e até antitumoral.
a) Ativação de vias de defesa celular
O estímulo induzido pelas RONS ativa receptores de padrão molecular (PRRs) como TLR4 e NLRP3, que sinalizam para:
- Produção controlada de citocinas como IL-6, IL-10 e TNF-α
- Liberação de quimiocinas pró-resolução (CCL2, CXCL8)
- Aumento de expressão de HSPs (proteínas de choque térmico), que protegem células contra estresse oxidativo
Esse ambiente pró-resolução, e não pró-inflamatório, favorece terapias para peles com inflamação crônica, como rosácea, dermatites e pós-procedimentos invasivos.
b) Efeito imunogênico adjuvante
O plasma frio induz morte celular imunogênica (ICD) seletiva em células disfuncionais ou tumorais. Isso promove:
- Liberação de DAMPs (padrões moleculares de perigo), como calreticulina e ATP
- Recrutamento de células apresentadoras de antígeno (ex: dendríticas)
- Estímulo à apresentação cruzada de antígenos para linfócitos T CD8+
Esse mecanismo é particularmente relevante como adjuvante à cirurgia de Mohs, complementando a ressecção de carcinomas com imunomodulação de tecido residual.
c) Respostas sistêmicas e neurocutâneas
Estudos clínicos mostram que, após sessões repetidas de plasma frio, há:
- Redução sistêmica de marcadores inflamatórios (como PCR e IL-1β)
- Aumento da expressão de antioxidantes endógenos como SOD e glutationa
- Modulação do eixo neuroimune cutâneo, com regulação da inervação sensorial
Esses efeitos favorecem não só a cicatrização e recuperação local, mas também o equilíbrio imunológico geral da pele tratada — uma vantagem importante para pacientes com doenças crônicas, envelhecimento cutâneo avançado ou alopecias inflamatórias.
Vantagens Clínicas e Segurança Terapêutica
O plasma frio apresenta um perfil terapêutico mais seguro e versátil do que tecnologias térmicas tradicionais como laser, eletrocautério ou radiofrequência. No Mjolnir Pro, esses benefícios são potencializados por um controle energético preciso, ponteiras especializadas e aprovação regulatória formal da ANVISA.
a) Ausência de necrose térmica
O Mjolnir Pro utiliza plasma frio atmosférico (CAP) que atua em temperatura ambiente. Isso evita os efeitos colaterais clássicos do calor excessivo, como:
- Hiperpigmentação pós-inflamatória (PIH)
- Desnaturação proteica indiscriminada
- Formação de crostas espessas ou bolhas
- Risco de fibrose subclínica em áreas de repetição
Essa característica é crucial para tratamentos em fototipos IV a VI, regiões sensíveis (pálpebras, lábios) e pacientes com histórico de hipersensibilidade.
b) Aplicação touchless, sem contato direto
Diferente de microagulhamento ou jato de plasma, o Mjolnir Pro atua a milímetros da pele, emitindo plasma de forma estável e homogênea. Isso reduz:
- Risco de contaminação cruzada
- Necessidade de consumíveis descartáveis
- Tempo clínico por sessão
c) Controle preciso de energia e profundidade
Com faixa de atuação de 10 a 80 mJ, o Mjolnir permite modular:
- A profundidade de ação (0,1 a 4 mm)
- A densidade dos pontos de fulguração
- O tempo de recuperação (downtime) — de leve a nenhum
Esse controle permite atender desde tratamentos ablativos suaves até resurfacing intensivo com segurança.
d) Comparativo técnico com outras tecnologias:
Tecnologia | Tipo de ação | Risco de PIH | Fototipos atendidos | Controle de dano | Contato direto |
Mjolnir Pro | Mecânico + Bioquímico | Muito baixo | I a VI | Alto | Não |
Laser CO₂ | Térmica ablativa | Alto | I a III | Baixo | Sim |
RF microagulhada | Térmica invasiva | Moderado | I a IV | Médio | Sim |
Jato de plasma | Térmica superficial | Alto | I a III | Baixo | Sim |
Eletrocautério | Térmica destrutiva | Muito alto | Todos | Nenhum | Sim |
Aplicações Clínicas Validadas
A versatilidade do plasma frio, quando aplicado com controle fracionado e energia calibrada, permite abordagens clínicas completas. O Mjolnir Pro se destaca por entregar resultados consistentes em estética, tricologia, regeneração e até como adjuvante cirúrgico, com respaldo técnico e segurança regulatória.
a) Dermatologia Estética
O plasma frio atua em múltiplas camadas da pele, promovendo regeneração, homogeneização de textura e reorganização da matriz extracelular. Indicações frequentes:
- Rejuvenescimento global: melhora da espessura dérmica, brilho e elasticidade
- Cicatrizes atróficas: acne, cirúrgicas ou pós-trauma
- Rítides estáticas e dinâmicas: estímulo colagênico em sulcos finos
- Poros dilatados e textura irregular: reestruturação do estrato córneo
- Estrias recentes e antigas: estímulo de GAGs e realinhamento de fibras elásticas
Diferencial: possibilidade de aplicação em pálpebras, código de barras e regiões sensíveis com mínima inflamação.
b) Tricologia
Estudos demonstram que a aplicação de plasma frio no couro cabeludo promove:
- Estímulo da papila dérmica via RONS e liberação de FGF2 e VEGF3
- Melhora da vascularização perifolicular
- Abertura de microcanais para drug delivery de minoxidil, fatores de crescimento, exossomos
Indicado em:
- Alopecia androgenética (homens e mulheres)
- Alopecia areata (com modulação imune local)
- Eflúvio telógeno crônico com inflamação periférica
c) Acne ativa e lesões inflamatórias
O efeito antibacteriano e anti-inflamatório do plasma frio é comprovado contra Cutibacterium acnes, com redução do biofilme e da resposta inflamatória perifolicular. Resultados clínicos mostram:
- Redução da dor e da pústula em 24–48h
- Menor recorrência pós-séries
- Segurança em peles sensíveis e fototipos altos
d) Drug delivery avançado
Após aplicação com a ponteira Cold Plasma, a pele apresenta aumento de hidrofilicidade por até 30 minutos, com alteração do pH e reorganização lipídica — ideal para permeação de:
- Fatores de crescimento
- Peptídeos bioativos
- Antibióticos tópicos
- Antioxidantes e exossomos
Diferencial: permeação sem necessidade de lesão ou microperfuração.
e) Oncologia cutânea (uso adjuvante)
O plasma frio possui ação antitumoral documentada em protocolos com carcinomas basocelulares e escamosos, especialmente quando usado:
- Pós-cirurgia de Mohs: como adjuvante para células residuais
- Em lesões pré-neoplásicas: como queratoses actínicas ou Bowen
- Na modulação imunológica local em neoplasias de baixo grau
Essa ação ocorre por liberação de RONS de alta reatividade, que induzem apoptose seletiva e imunogenicidade tumoral — sem dano às células saudáveis adjacentes.
Considerações Finais
O uso clínico do plasma frio fracionado representa uma das maiores inovações da dermatologia moderna. Tecnologias como o Mjolnir Pro consolidam um novo padrão terapêutico baseado em segurança, controle energético e rastreabilidade científica — com impacto direto nos resultados clínicos e no posicionamento de mercado das clínicas que adotam essa abordagem.
Conteúdo técnico e estratégico:
O Mjolnir Pro une engenharia biomédica avançada, biofísica aplicada e design funcional para transformar o plasma frio em uma plataforma clínica escalável. Seu diferencial está na convergência de:
- Plasma frio atmosférico (CAP): seguro para tecidos vivos, mesmo inflamados ou com histórico de sensibilidade
- Entrega fracionada de energia (SAFECoring™): promove microresurfacing preciso, com mínimo downtime
- Ponteiras customizáveis: adequadas para estética, tricologia, dermatologia clínica e aplicações oncológicas
- Controle de parâmetros clínicos: profundidade, densidade, intensidade e tempo de aplicação moduláveis
- Aprovação regulatória ANVISA: único equipamento brasileiro com certificação para uso de plasma fracionado e cold plasma simultaneamente
Retorno estratégico para clínicas:
- Alta aceitação do público: ideal para pacientes que buscam rejuvenescimento com recuperação rápida
- Protocolos rentáveis: permite construção de planos de tratamento modulares com ticket médio elevado
A Adoxy reafirma seu compromisso com a excelência científica ao entregar o Mjolnir Pro como uma solução tecnológica de ponta — aliando segurança clínica, inovação funcional e impacto terapêutico mensurável.
Adoxy é referência nacional em tecnologias para clínicas de estética e dermatologia.