O lipedema é uma condição crônica do tecido adiposo que afeta majoritariamente mulheres. Caracteriza-se pelo acúmulo simétrico de gordura nas pernas e coxas (poupando os pés), sensibilidade extrema, dor ao toque, edema progressivo e limitação funcional. Ao contrário do que muitos ainda pensam, não se trata de gordura localizada — e muito menos de um problema estético.
Hoje, a abordagem clínica do lipedema exige tecnologias que respeitem a integridade da matriz extracelular, estimulem a drenagem fisiológica e aliviem o quadro inflamatório, sem causar trauma ou dependência de resultados visuais.
É exatamente nesse ponto que o Hybrius EVO e o Supramáximus se posicionam como tecnologias fundamentais para clínicas com visão regenerativa.
A base científica: o que o tratamento precisa respeitar
Segundo as diretrizes clínicas S2k da Deutsche Dermatologische Gesellschaft (DDG, 2024), o manejo clínico não invasivo do lipedema deve priorizar:
- Redução da dor
- Melhora da mobilidade
- Redução do edema intersticial
- Proteção da função linfática
- Respeito à integridade da matriz extracelular
Ou seja, modelagem agressiva, radiofrequência intensa ou tecnologias ablativas estão fora de contexto nesse perfil de paciente. O foco precisa estar na homeostase, conforto e regeneração funcional.
Hybrius EVO: estimulação híbrida validada por diretriz clínica
O Hybrius EVO, utilizado com manípulo híbrido (UST + LED), integra:
- Ultrassom terapêutico de baixa frequência (40 kHz) em modo pulsado, que promove cavitação estável, mobiliza o fluido intersticial, reduz rigidez e ativa macrófagos tipo M2, segundo Liu et al. (2023);
- LED vermelho 635 nm com emissão contínua durante toda a aplicação, responsável por estimular mitocôndrias, aumentar produção de ATP, melhorar microcirculação e reduzir marcadores inflamatórios;
- Radiofrequência monopolar capacitiva (1 MHz) opcional, utilizada apenas em suporte clínico, com temperatura controlada a 38°C e aplicação restrita a casos sem inflamação ativa.
Essa tríade atua em sinergia, promovendo:
- Redução da dor referida e alívio sensorial imediato;
- Diminuição de edema e reorganização intersticial;
- Suporte bioquímico à regeneração tecidual sem ruptura;
- Tratamento direcionado a coxa, joelho medial e panturrilha (graus II e III).
Protocolo validado: 2x semana por 6 semanas + manutenção semanal — com reavaliação objetiva por perimetria, fotografia clínica e escala de dor EVA.
Supramáximus: força e drenagem sem esforço ativo
O Supramáximus atua com campo eletromagnético focal de até 28 Teslas, promovendo:
- Contrações musculares supramáximas, mesmo em pacientes com dor crônica ou restrição de movimento;
- Fortalecimento passivo de grupos musculares estratégicos, como glúteos, quadríceps e posterior de coxa — fundamentais para o retorno venoso e linfático;
- Ativação miofascial segura, sem exigência de esforço ativo ou sobrecarga cardiovascular.
Sua atuação é especialmente eficaz quando combinada ao protocolo do Hybrius EVO, criando um ambiente fisiológico favorável à drenagem e à mobilidade, com foco funcional.
Conclusão: tratar lipedema é restaurar, não romper
Clínicas que desejam atuar com lipedema de forma ética e avançada precisam integrar ciência, precisão e empatia. O Hybrius EVO e o Supramáximus são tecnologias que respeitam a paciente — não apenas sua silhueta, mas sua dor, sua função e sua fisiologia.
É possível entregar alívio, regeneração e leveza com segurança, sem promessas irreais e com base em diretrizes clínicas internacionais.